Girafa

 

Família: GIRAFFIDAE

Género: Giraffa  

Espécie: Giraffa camelopardalis 

 

A girafa é o mais alto dos animais vivos, podendo atingir uma altura de 5,5 metros. O comprimento do corpo pode ultrapassar os 2,25 metros e o seu peso pode ultrapassar os 500 kilogramas. Percorre as savanas e bosques abertos, desde o sul do Sahara ao sul do continente africano, alimentando-se de folhas, rebentos e frutos de acácias.

 

Possui um pescoço muito longo, que apresenta, no entanto, apenas sete vértebras. A pelagem é amarelada ou branca com manchas irregulares de tonalidade castanha. Essas manchas irregulares possuem um padrão único para cada indivíduo e o auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habita. Essas manchas também concentram, debaixo da pele, vasos sanguíneos e são responsáveis pela manutenção da temperatura corporal adequada das girafas.

   

Existe apenas uma espécie de girafa, sendo reconhecidas nove subespécies, que se distinguem pelo padrão da pelagem – que varia com a localização geográfica do território – e pelo número de chifres (enquanto numa só existem dois, outras apresentam um terceiro chifre no meio da fronte e outras podem apresentar cinco), presentes em ambos os sexos.

A subespécie de Angola (Giraffa camelopardalis angolensis) possui duas pequenas formações córneas cobertas de pele no alto da cabeça (mais delgadas e inteiramente cobertas por pêlos nas fêmeas, ao contrário do que acontece com os machos), antecedidas de uma pequena proeminência córnea no meio da fronte.

 

Os chifres começam por ser constituídos por cartilagem, tornam-se depois ósseos a partir da ponta; são cobertos por pele.  
O seu alimento preferido, por serem ricas em água, são as muito espinhosas folhas das acácias, uma dieta que lhes permite aguentar mais de um mês sem beber, o que implica que, geralmente, não façam migrações durante a estação seca. No entanto, esta dieta é pobre em sais minerais, que a girafa obtém comendo pintos e ovos que, literalmente, lhe aparecem à frente, e mordiscando ossos de carcaças abandonadas.

 

Pacífica e não territorial, a girafa vive em grupos instáveis (entre quatro e trinta animais). Apesar de praticamente não ter predadores fica mais vulnerável quando bebe água, quando é jovem ou quando está doente. No entanto, as suas fortes patas podem desferir coices capazes de matar um leão.

    

As crias, cujo peso à nascença pode chegar aos 100 kg, caem de 2 m de altura quando nascem, pois a progenitora não se deita aquando do parto, que acontece após um período de gestação de quinze meses. Uma hora após o parto a cria já está de pé e começa a mamar. Após ultrapassar o crítico primeiro ano de vida, a girafa pode viver até aos vinte e oito anos.

 

Procuram alimento de madrugada e ao anoitecer, podendo estar activas em noites de luar. Nas horas de maior calor preferem ruminar à sombra. Apesar de conseguirem permanecer longos períodos sem beber, são bastante dependentes da presença de água, altura em que ficam mais vulneráveis aos ataques dos predadores.

 

Por volta do ano 1500 a.C., já os Egípcios já tinham girafas em cativeiro. Este povo acreditava que a girafa descendia do cruzamento entre uma fêmea de camelo e um macho leopardo («camelopardo»), daí a proveniência do seu nome científico camelopardalis.