Golungo

 

Famíia: CERVIDAE

Género:Tragelaphus

Espécie:Tragelaphus scriptus

   

O Golungo (Tragelaphus scriptus) é um pequeno antílope de bonita pelagem malhada e cujo peso nos grandes machos pode chegar a 80 kg. As fêmeas e crias apresentam uma cor predominantemente avermelhada, ao passo que os machos à medida que envelhecem se vão tornando progressivamente mais escuros. Possuem manchas brancas acima dos cascos, nas orelhas, face e sob a cauda, e ainda as listas brancas que lhes ornamentam os flancos. Os cornos nos machos podem chegar a ultrapassar os 50 cm.

 

 

Esta é uma espécie geralmente associada a matas e vegetação densa podendo ser encontrados junto a vegetação ribeirinha. Alimentam-se preferencialmente de vegetação arbustiva, folhagem e frutos, muito embora não desdenhe as ervas leguminosas e pasto fresco.

 

Os Golungos são geralmente solitários, muito embora se encontrem por vezes vários indivíduos numa pequena área. Os machos parecem seguir uma linha de hierarquia baseada na coloração. Muito embora sejam bastante sedentários, os Golungos aparentam ser pouco territoriais, mostrando-se tolerantes à presença de mais indivíduos dentro da sua área vital.

 

O período de gestação é de cerca de 6 meses. As crias são muito esquivas nos primeiros 4 meses de vida, e atingem a maturidade sexual ao fim de 1 ano, muito embora os cornos dos machos só atinjam dimensões de adulto aos 3 anos de vida. A longevidade dos Golungos pode ultrapassar os 12 anos de idade.

 

No Parque Nacional da Kissama, o Golungo nunca deixou de ser uma das espécies mais comuns, sendo mesmo com elevada probabilidade o antílope mais abundante. Por outro lado, e com o quase aniquilamento das maiores espécies de ungulados, o Golungo tornou-se sem dúvida o animal mais visível do Parque.

O facto de ser um antílope relativamente pequeno, abundância relativa, os seus hábitos esquivos, pequenos territórios e elevada fecundidade, permitiram que sobrevivesse quando muitas outras espécies foram perseguidas e quase aniquiladas durante a guerra.

  

 

Fonte: A Voz da Kissama